ALCATRAZ
(por Wendel Araújo)
Liberte-se dessa prisão amarga de
desamores,
Não lhe deixarei condenada a perpetua
solidão no alcatraz do coração,
Queria ir correndo, a passos largos,
Entretanto, estou sem domínio próprio, desvairado,
alucinado,
Em meu peito cresce uma apetência
alvitraria ao meu feitio,
Devaneios meus...
Mas quero lhe ter aqui, lhe envolver em
meus braços, te arrancar suspiros.
Ilusão? Talvez a mais densa, e propensa, e
condizente de todas,
Estás aprisionada por que queres, não
nutres nenhum amor, tampouco queira.
Audácia minha, com intenção bastante firme, nenhum capricho
seguirei,
Arrancar-lhe-eis da sombria forma de
sequidão,
E regarei com a mais faminta leviandade ao
amor,
Terás irreflexão doentia ao que saberás que
é feito aquilo que antes temias.
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